Estive em Verin hoje, essa nesga de Espanha, e recordei Torga. A verdade é que foi pequeno o rejúbilo que senti pela participação na feira do mundo. Experiências anteriores de transposição do vedado nacional trouxeram-me alguma imunidade a esse alvoroço.
Entrei num supermercado central, onde comprei algumas coisas de que precisava. Chegado à caixa de pagamento, precediam-me duas mulheres muçulmanas com véus que lhes cobriam os cabelos e partes da testa. Traziam consigo uma criança, filho de uma delas. Amanhavam, naquela altura, as compras em sacos, coordenando os movimentos com a vigília sobre a criança e a condução do carrinho de bebé. Trocavam palavras em árabe, provavelmente sobre a melhor forma de colocar os artigos nos sacos, ora querendo impedir que os enlatados danificassem a fruta, ora promovendo a organização de acordo com os locais de arrumação caseira.
Terminada a azafama dos sacos, dificultada pelas vestes que se desprendiam do pescoço e que obrigavam a gestos repetidos com a mão direita recompondo o enlace preso ao ombro, a mais velha das mulheres colocou-se para pagar. Passou à empregada do supermercado uma quantia desproporcionada face ao montante em questão naquela compra. A qualquer das duas mulheres pareciam pouco familiares contagens com euros ou cêntimos e, naquele momento, ensaiavam conversões mentais mal sucedidas entre dinares e euros. A empregada manteve a mão estendida com o primeiro montante proposto e repetiu o total a pagamento. A mulher experimentou algumas palavras em francês e estendeu também a sua mão com moedas e notas de onde a empregada de supermercado, com um sorriso, recolheu lentamente o montante em falta para cobrir a despesa.
Despediram-se com sorrisos quando algumas das minhas compras já passavam pelo leitor óptico.
Entrei num supermercado central, onde comprei algumas coisas de que precisava. Chegado à caixa de pagamento, precediam-me duas mulheres muçulmanas com véus que lhes cobriam os cabelos e partes da testa. Traziam consigo uma criança, filho de uma delas. Amanhavam, naquela altura, as compras em sacos, coordenando os movimentos com a vigília sobre a criança e a condução do carrinho de bebé. Trocavam palavras em árabe, provavelmente sobre a melhor forma de colocar os artigos nos sacos, ora querendo impedir que os enlatados danificassem a fruta, ora promovendo a organização de acordo com os locais de arrumação caseira.
Terminada a azafama dos sacos, dificultada pelas vestes que se desprendiam do pescoço e que obrigavam a gestos repetidos com a mão direita recompondo o enlace preso ao ombro, a mais velha das mulheres colocou-se para pagar. Passou à empregada do supermercado uma quantia desproporcionada face ao montante em questão naquela compra. A qualquer das duas mulheres pareciam pouco familiares contagens com euros ou cêntimos e, naquele momento, ensaiavam conversões mentais mal sucedidas entre dinares e euros. A empregada manteve a mão estendida com o primeiro montante proposto e repetiu o total a pagamento. A mulher experimentou algumas palavras em francês e estendeu também a sua mão com moedas e notas de onde a empregada de supermercado, com um sorriso, recolheu lentamente o montante em falta para cobrir a despesa.
Despediram-se com sorrisos quando algumas das minhas compras já passavam pelo leitor óptico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário