Senti saudades de Torga neste fim-de-semana. Voltei a folheá-lo em busca da sua magnífica perspicácia para as coisas humanas.
"Coimbra, 11 de Março de 1973 - Não tenho emenda. Teimo na insensatez de pôr a mesma intensidade em cada acto do dia a dia, até quando sei objectivamente que não vale a pena. E acabo por me gastar da maneira mais absurda, como uma vela que continuasse a arder diante da evidência da luz do sol. Dissipo o presente em vez de o capitalizar para o futuro. Sempre disponível e sem prioridades absolutas, quero equivaler-me em todas as circunstâncias, e o resultado é andar atrasado comigo por um perdulário escrúpulo de atenção."
Quantos de nós?
"Coimbra, 11 de Março de 1973 - Não tenho emenda. Teimo na insensatez de pôr a mesma intensidade em cada acto do dia a dia, até quando sei objectivamente que não vale a pena. E acabo por me gastar da maneira mais absurda, como uma vela que continuasse a arder diante da evidência da luz do sol. Dissipo o presente em vez de o capitalizar para o futuro. Sempre disponível e sem prioridades absolutas, quero equivaler-me em todas as circunstâncias, e o resultado é andar atrasado comigo por um perdulário escrúpulo de atenção."
Quantos de nós?
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