Transcrevi este poema de um painel no metro de Londres enquanto viajava entre Paddington e Piccadilly.
"I sing
of the beauty of Athens
without its slaves
Of a world free
of kings and queens
and other remnants
of an arbitrary past
Of earth
with no sharp north
or deep south
without blind curtain s
or iron walls
Of the end
of warlords and armouries
and prisons of hate and fear
Of deserts treeing
and fruitingafter the quickening rains
Of the sun radiating ignorance
and stars informing
nights of unknowing
I sing of a world reshaped"
Niyi Osundare (1947)
African Poems on the Underground
Outono no Porto
Há 23 horas
Um comentário:
Estimado Hermes:
Mesmo passando algum tempo, não me deixa de surpreender com a diversidade das suas intervenções. Saúdo-o novamente pelas suas aptidões demonstradas neste pequeno post:
-espírito “ousado”: pela sua devoção às viagens e a procura das raízes nativas visitadas, como os seus meios de locomoção e a cultura envolvente;
- poeta “atento”: pois a verdadeira poesia não se encontra apenas nas páginas brancas dos livros, mas sim na vida, em nosso redor – “no sorriso de uma criança o num painel de metro, em qualquer parte do mundo”;
- escritor “célere”: transcrevendo um poema complexo, num “piscar de olhos”, antes de chegar o próximo metro, que permitirá a continuação da sua jornada;
Ps: Será que o Sr. Osundare alguma vez pensou que os seus textos poderiam estar expostos na paredes no principal meio de transporte, na capital da nação mais “Imperadora” do continente Africano? Uma tradução “mais-à-letra” da exposição serviria para relevar ainda mais esta carolice “Os poemas africanos no sub-solo!”
Regards,
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